Nas últimas décadas a sociedade sofreu várias transformações devido à globalização. Na escola, constata-se a presença, cada dia maior, de diferentes culturas no seu interior. Nesta luta política, o currículo se configura como um artefato cultural importante no interior da cultura. Nele se forjam processos que podem potencializar ou não às diferenças. É por meio dele que determinados saberes são validados enquanto outros ficam à margem. Na escola, docentes de Educação Física engajados em uma educação democrática não medem esforços para construir uma proposta onde as culturas sejam reconhecidas nas aulas de Educação Física escolar. Desde então, diferentes trabalhos vêm sendo desenvolvidos na tentativa de se concretizar uma educação democrática, em que as práticas corporais que coexistem na sociedade, bem como seus representantes sejam reconhecidos nas suas diferenças. O presente projeto pretende investigar como os professores que afirmam colocar o currículo cultural de Educação Física potencializam as diferenças durante o processo pedagógico. Para a realização da pesquisa, será utilizado a bricolagem, que é um modo de investigação multimetodológico proposto por (KINCHELOE E BERRY, 2007), utilizando como método, a autoetnografia e a pesquisa de inspiração etnográfica e no momento da análise dos dados coletados será utilizada a análise cultural proposta por (WORTMANN, 2002).
Palavras-chave: Educação Física; Currículo; Cultura; Diferenças.