Marcos Garcia Neira – mgneira@usp.br
Ligia Rotter – rotterligia@gmail.com
Flávio Santos Júnior – flajnr@yahoo.com.br
Objetivos
– Reconhecer as influências da cultura na constituição da identidade corporal
– Compreender a cultura corporal como parcela significativa da cultura mais ampla
– Justificar, com base na literatura, a função social da Educação Física e a sua inserção na área das Linguagens
– Identificar as concepções de ensino da Educação Física e suas influências na formação das identidades
– Planejar, desenvolver e avaliar um projeto didático que tematize as práticas corporais na perspectiva cultural
Atividades avaliativas
1) Produção de um relato da experiência de estágio
Opções: texto, texto com imagens, vídeo ou apresentação em sala de aula (durante as aulas, as turmas tomarão contato com essas possibilidades)
2) Análise de um dos relatos de experiência abaixo:
BONETTO, P. X. Carimbó: entre a cópia e a criação. EMEF Olavo Pezzotti. São Paulo, SP.
GONÇALVES, T.; DUARTE, L. C. Tematizando as brincadeiras africanas na EMEI Nelson Mandela. São Paulo, SP.
IRIAS, E. A. Jogo de taco e o lazer da quebrada. EMEF Raimundo Correia. São Paulo, SP.
MARTINS, J. C. J. A Educação Física na EJA e a corrida de orientação: uma prática da natureza no meio urbano. CIEJA Aluna Jéssica Herculano. São Paulo, SP.
MASELLA, M. B.; DUARTE, L. C. Gooolllaaaçççooo! Tematizando o futebol na EMEI Nelson Mandela. São Paulo, SP.
NEVES, M. R. A gente corre pra quê? EMEF Ana Silveira Pereira. São Paulo, SP.
QUARESMA, F. N. Entre fritadas, assados e muito cheiro bom: um encontro com o sumô e seus corpos. EMEF Marli Ferraz Torres Bonfim. São Paulo, SP.
SANTOS, L. A. “Se lutar é violência, por que a igreja do bairro ensina jiu-jítsu?” EMEF Raimundo Correia. São Paulo, SP
SOUZA, L. R. S. Futebol além das bananas. EE Heidi Alves Lazarini. São Paulo, SP.
TORRES, A. C.; QUARESMA, F. N.; SANTOS JÚNIOR, F. N. Corpos In-transe: a ciranda e o funk no jogo por conhecimentos e afetos outros. EMEF Maria Rita Braga. São Paulo, SP
Critérios para avaliação
Observaremos se a análise:
a) reconhece os campos teóricos que possam ter inspirado o/a professor/a autor/a do relato
b) identifica os princípios ético-políticos que agenciaram o/a professor/a na definição do tema e no planejamento das situações didáticas
c) sinaliza as situações didáticas desenvolvidas pelo/a professor/a ao longo da intervenção
d) descreve os conhecimentos (conteúdos) acessados pelas crianças ao longo da tematização
É necessário o confronto do relato de experiência com a bibliografia do curso
Orientações para envio das atividades avaliativas
a) Envie os textos em arquivo word
b) Identifique os arquivos com a atividade e o seu nome conforme o exemplo a seguir:
Estágio – Maria José dos Santos
Análise – Maria José dos Santos
Temas e bibliografia
01 e 05/08 – Apresentação do curso e conceitos iniciais
Registro:
Foram apresentados os objetivos, os temas, a bibliografia, as atividades avaliativas e iniciada uma conversa sobre os estágios.
Em termos conceituais, discutimos as formas de intervenção no corpo e problematizamos os modos como elaboramos as representações sobre as classes, religiões, gêneros, orientações sexuais, infância, juventude, velhice, família, escola, corpo, práticas corporais e Educação Física.
Defendemos todas as formas de existência e ressaltamos a importância de uma Educação Física que valorize as diferenças.
08 e 12/08 – A construção da identidade corporal
FONTANA, R. A. C. O corpo aprendiz. In: RUBIO, K.; CARVALHO, Y. M. (Orgs.). Educação Física e ciências humanas. São Paulo: Hucitec, 2001
Registro:
Iniciamos o encontro com a apresentação de dois relatos de estágio do ano anterior. Em seguida, a turma se dividiu em grupos para levantar os pontos que na opinião dos participantes possam ter influenciado na formação da própria identidade corporal. Compartilhamos as discussões com toda a sala: questões de gênero, corpo padrão, posturas, vestuário, religião, papel do professor, etc. Notamos que ao afirmar uma identidade, se afirma também aquilo que não se é. Ao final, destacamos com base no texto sugerido que as identidades corporais se constituem em meio ao emaranhado de vivências, experiências estéticas e conteúdos que circulam por meio de discursos.
15 e 19/08 – Pedagogias do corpo
CESAR, M. R. A. DUARTE, A. Governo dos corpos e escola contemporânea: pedagogia do fitness. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 34, nº 2, p. 119-134, Mai-Ago/2009.
REIS, C, D; PARAÍSO, M. A. A Constituição de Corpos Guerreiros em um Currículo Escolar. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1243-1266, out./dez. 2013.
Registro:
Retomamos o último encontro e em seguida foi apresentado um relato de estágio (tecido para a turma da quinta-feira e samba para a turma da segunda-feira). A partir do referencial foucaultiano, discutimos como cada dupla realizou a pesquisa. Em seguida, foi disparada uma atividade convidando a mobilizar o mesmo quadro teórico para analisar a própria experiência, os vídeos assistidos em sala e os registros de observações “A festa de aniversário” e “A hora do sono”.
Turma de quinta-feira: finalizamos a aula compartilhando o que foi discutido durante as atividades: corpos abjetos, escola como espaço de conflito, parceria entre sistema de saúde e educacional, disciplina produtiva, escola como máquina, sociedade disciplinar convive com a sociedade do controle, auto governamento etc.
Turma de segunda-feira: a atividade será entregue na próxima segunda-feira, após a palestra do professor Dermeval Saviani.
22/08 e 09/09 – Concepções de ensino da Educação Física
AGUIAR, C. A. O ensino de Educação Física: dos métodos ginásticos à perspectiva cultural. In: Educação Física cultural. São Paulo: Blucher, 2016.
Registro:
Apresentação dos relatos de estágio (tecido para a turma da segunda-feira e samba para a turma da quinta-feira)
Retomada do encontro anterior. Conceitos da última aula
Com base no texto da aula, assistimos alguns vídeos para discutir as seguintes concepções:
- Ginástica – biomecânica – objetivo formar corpos fortes – objeto exercício físico – tradicional – Vídeo 1 e Vídeo 2
- Vídeo basquete – esporte substitui a ginástica – ensino esportivo – fixar gestualidade – fragmenta a modalidade para depois trabalhar o todo (jogo) – ocupar o tempo livre – domina a legislação escolar por um tempo – vencer – visão de que o esporte forma um bom caráter.
- Vídeo jogo da velha corrida em equipes e brincadeira em filas reproduzindo música e gestos – psicomotocidade – área da psicologia – perspectiva dominante nas escolas de educação infantil – psicologia do movimento.
- Vídeo equilíbrio de bolinha na raquete – desenvolvimentista – garante que o executante execute – consistência – condição – desenvolva tal habilidade – enfrentar desafio – dosar seu nível de desafio – educação do movimento – na medida que desenvolve o movimento trabalha o cognitivo e o socioafetivo – desenvolvimento motor – fragmenta para trabalhar habilidade motora – escolas que separam por gênero.
- Denúncia da escola capitalista – educação física campos das ciências humanas – surge a cultura corporal – rompe com a biologia etc. Vídeo do futebol time dos melhores tentativas de superar – não é natural escolher os melhores – repensar a prática pedagógica – problemas vividos no fazer – crítico superadora – perspectiva crítica da educação física – aderir a cultura corporal é abrir mão das outras concepções.
- Educação e saúde na escola – educação para saúde – neohigienismo – relação com os vídeos da aula anterior.
Todas essas concepções circulam e nos constituem. Quem queremos formar?
Discussão: a quem pertence as práticas a serem ensinadas na educação física? Se o objetivo é formar pessoas que jogam xadrez é melhor alguém que tenha esse conhecimento, se o objetivo é apresentar/ saber ler a prática é melhor o pedagogo.
26 e 29/08 – Seminário Internacional FEUSP 50 anos
02 e 05/09 – Semana da Pátria
12 e 30/09 – Concepções de ensino da Educação Física
NUNES, M. L. F. e RUBIO, K. O(s) currículo(s) da Educação Física e a constituição da identidade de seus sujeitos. Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, p. 55-77, jul./dez., 2008.
Registro:
Conversamos sobre o seminário internacional e a plenária.
Foi apresentado o relato de experiência “Transmutando as performances dos corpos: rebeldias e transgressões pedagógicas” por Vitor e Flávio.
Finalizamos com uma proposta de atividade relacionando o texto da aula com a apresentação.
Os estudantes devem mandar por email as atividades realizadas em grupos.
16 e 19/09 – Participação no Conbrace
23 e 26/09 – Semana da Educação
03/10 – Participação no ato no MASP “Contra os cortes na educação”
07 e 10/10 – Campos de inspiração da Educação Física cultural
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2015.
Registro:
Iniciamos o encontro compartilhando dúvidas relacionadas ao estágio. Em seguida, retomamos as atividades e conceitos vistos na última aula:
Currículos e quem buscam formar:
- Ginástico – saudáveis
- Técnico-esportivo – vencedores
- Desenvolvimentista – competentes
- Psicomotor – competentes
- Crítico – emancipadas
- Pós-crítico – solidárias
Adentrando à temática do encontro, destacamos que as teorias pós-críticas do currículo não fundamentam, mas sim, inspiram professores e professoras a “artistar” a prática pedagógica.
Teorias pós-críticas são antifundacionalistas, incorporam as análises das críticas e vão além.
Discutimos alguns pressupostos: contexto pós-moderno/ globalização / concepção de cultura/ função da linguagem/ relações de poder.
Teorias pós-críticas:
Multiculturalismo crítico/ estudos feministas/ teoria queer/ pós-modernismo/ pós-estruturalismo/ pós-colonialismo/ estudos críticos.
Multiculturalismo:
Significado/ multiculturalismo liberal ou humanista/ multiculturalismo crítico/ implicações curriculares.
Estudos feministas:
Linhas de poder também são marcadas pelo patriarcado/ do acesso para o quê/ reviravolta epistemológica/ implicações curriculares.
Teoria queer:
Perturbar a tranquilidade da “normalidade”/ construção social da sexualidade/ identidade e performatividade/ pensar queer/ implicações curriculares.
Atividade:
Identificar os campos teóricos que possam ter inspirado o(a) professor(a) em um dos seguintes relatos de experiência:
14 e 17/10 – Campos de inspiração da Educação Física cultural
SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
Bibliografia complementar
NEIRA, M. G. Campos de inspiração. In: Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. 2ª ed. Jundiaí: Paco, 2019. p. 29-41.
Registro:
Retomada do último encontro e devolutiva das atividades. Foi explicitado de que mais de um campo teórico pode inspirar o professor, haja vista os pontos de aproximação.
Apresentação/ discussão dos campos teóricos (continuação):
Pós-modernismo:
Questiona as ideias da modernidade (razão, ciência, racionalidade e progresso)/ desconfia das pretensões totalizantes e universalistas do conhecimento científico/ questiona as “grandes narrativas”tomadas como expressão do controle moderno/ ataca o sujeito racional, livre, autônomo e centrado da Modernidade/ implicações curriculares.
Pós-estruturalismo:
Rejeição do estruturalismo/ preocupação com o “discurso” ou o “texto”/ fluidez, indeterminação ou incerteza do significado/ tudo é diferença, tudo é diferido/ o significado é cultural e socialmente produzido (relações de poder)/ implicações curriculares.
Pós-colonialismo:
Amplia o significado das relações coloniais/ analisa as narrativas que constroem o Outro/ analisa as narrativas dos povos colonizados/ questiona as formas de conhecimento que privilegiam o colonizador/ representação-resistência cultural/ epistemicídio-ecologia dos saberes/ implicações curriculares
Estudos Culturais:
Reação a uma noção elitista de cultura, transformações no conceito de cultura/ toda prática social é cultural/ cultura é um jogo de poder/ realizar EC é promover a análise cultural/ não há análises neutras, os EC tomam partido dos mais fracos/ implicações curriculares
Atividade:
Identificar os campos teóricos que possam ter inspirado o(a) professor(a) em um dos seguintes relatos de experiência:
21 e 24/10 – A tematização na Educação Física cultural
SANTOS, I. L. A tematização no ensino da Educação Física. In: Educação Física cultural. São Paulo: Blucher, 2016.
Registro:
Questões sobre o estágio
Dúvidas sobre as atividades avaliativas e as atividades realizadas na última aula
Tematização
- Temas geradores (parte da realidade concreta das pessoas)
- Desterritorialização e territorialização
- Temas culturais (parte da ocorrência social)
- Tematização da Educação Física cultural
- Conhecimento é tecido rizomaticamente
Tematização pensa as atividades a partir dos alunos, ressaltando que:
Mapeamento é diferente de levantar conhecimentos prévios; tema é diferente de conteúdo; o professor pode ter objetivos de aprendizagem; o rizoma não quer ser profundo, busca a superficialidade.
Atividade:
1 – Durante a assistência aos vídeos (Desafio da garrafa; Tematizando o maracatu na educação física escolar; e Kung Fu) tome nota dos aspectos que, no seu entender, caracterizam a tematização.
2 – Em grupo, partilhe suas impressões com os colegas
3 – Ainda em grupo, discuta as aproximações e distanciamentos das tematizações apresentadas com relação aos argumentos disponíveis no texto sugerido para leitura
4 – Registre a discussão do grupo e entregue-a ao final
Discussão:
- Pedagogia cultural puxou aspectos de Freire
- Sobre o vídeo de Kung Fu, os alunos perceberam que o professor poderia ter trabalhado questões de gênero
- Interessante que o jogo da garrafa chegou até a trabalhar edição de vídeo
- Conexão rizomática
- Existe um fio condutor
31/10 e 04/11 – Princípios ético-políticos da Educação Física cultural
BONETTO, P. X. R. A escrita-currículo da perspectiva cultural da Educação Física: por que os professores fazem o que fazem?. Educação. Santa Maria. Revista Educação. Santa Maria. v. 44, p. 01-23, 2019.
Bibliografia complementar
NEIRA, M. G. Definição do tema e planejamento das situações didáticas. In: Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. 2ª ed. Jundiaí: Paco, 2019. p. 43-57.
Registro:
Estágio/ atividades avaliativas/ devolutiva da atividade da última aula/ “alguns” conceitos pós-estruturalistas
Princípios ético-políticos da Educação Física cultural:
Situações didáticas (procedimentos, encaminhamentos pedagógicos)
- mapeamento
- vivência
- leitura
- ressignificação
- aprofundamento
- ampliação
- registro
- avaliação
Argumentos pós-estruturalistas:
- agenciamento
- linhas
- acontecimento
- escrita-currículo
- currículo cultural, um antimodelo
Princípios éticos-políticos:
- reconhecimento da cultura corporal da comunidade
- articulação com o PPP
- justiça curricular
- descolonização do currículo
- ancoragem social dos conhecimentos
- evitamento (ou rejeição) ao daltonismo cultural
O autor do texto critica o fato das situações didáticas estão atualmente estruturando o currículo
Atividade:
Leia o relato e identifique os princípios ético-políticos que podem ter agenciado o/a professor/a
07 e 11/11 – Situações didáticas da Educação Física cultural
NEIRA, M. G. Desenvolvimento das situações didáticas. In: Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. 2ª ed. Jundiaí, SP: Paco, 2019. p. 59-79.
Registro:
Questões sobre estágio e atividades avaliativas.
Comentários sobre as atividades realizadas no último encontro:
Justiça curricular é diferente de descolonizar o currículo. Não há justiça curricular sem descolonizar o currículo, mas pode ocorrer descolonização do currículo sem justiça curricular.
Retomada importante:
- Princípios ético-políticos agenciam, são linhas flexíveis ou moleculares
- Situações didáticas estruturam, são linhas duras ou molares
Explicações sobre as situações didáticas que caracterizam o currículo cultural:
- Mapeamento
- Vivências
- Leitura da prática corporal
- Ressignificação
- Aprofundamento
- Ampliação
- Registro (próximo encontro)
- Avaliação (próximo encontro)
Mapeamento diverge de “levantar os conhecimentos prévios”
Assistimos ao vídeo (demonstração de mapeamento, vivências, leituras das práticas corporais e ressignificação)
Atividade:
Leia um dos relatos abaixo e identifique as situações didáticas de mapeamento, vivência, leitura da prática corporal, ressignificação, aprofundamento e ampliação
“A Pablo Vittar não é de Deus”
Sofrência: entre xs muitxs elxs
Brincadeiras de “todo mundo”, mas “todo mundo” quem?
Quando a mulher continua sendo a “outra” na ginástica rítmica
A sereia branquinha e a bruxa da diretora
Pife, truco e uno, os jogos de cartas nas aulas de Educação Física
Tematizando o “troço” que gira rápido
O maracatu nas aulas de Educação Física
ATENÇÃO!
Como faltou tempo para realizar a atividade em sala de aula, as orientações foram enviadas por e-mail. É importante que o registro seja encaminhado por e-mail antes da aula.
14 e 18/11 – Situações didáticas da Educação Física cultural
ESCUDERO, N. T. G. Avaliação da aprendizagem em Educação Física: uma escrita autopoiética. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 22, n. 49, p. 285-304, maio/ago., 2011.
MÜLLER, A. Avaliação e registro no currículo cultural da Educação Física. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 29, n. 72, p. 774-800, set./dez. 2018.
Registro:
Retomada do encontro anterior (situações didáticas da EF cultural)
Apresentação de um relato de experiência no CEI
Atividade:
Parte I – Após a leitura do relato de experiência, converse com o/a colega que leu o mesmo texto acerca das situações didáticas desenvolvidas pelo/a professor/a.
Parte II – Comparem as análises do grupo com as feitas por outro grupo. Registrem e entreguem somente a conclusão.
Parte III – Infiram as concepções de avaliação que atravessam os relatos analisados
Discussão sobre as atividades
Concepções de avaliação em educação física
-Desempenho
-Presença
-Uniforme
-“Participação”
A concepção de avaliação adotada pelo currículo cultural
Avaliação é sempre um juízo de valor, implica tomar uma decisão em seguida.
Avaliar não é atribuir nota ou menção. Ainda não se sabe como fazer isso na perspectiva cultural. Nessa vertente, o professor ou professora avaliam o trabalho realizado com base nos registros sobre a prática (escritos, imagéticos, recolhidos dos estudantes) e, se necessário, reorientam a rota (analogia com o waze). Por isso, trata-se de uma escrita autopoiética.
21 e 25/11 – O conteúdo na Educação Física cultural
NEIRA, M. G. Emergência dos conteúdos. In: Educação Física Cultural: inspiração e prática pedagógica. 2ª ed. Jundiaí, SP: Paco, 2019. p. 81-98.
Situações didáticas
1) Leitura das imagens
2) Leitura dos vídeos
3) Vivências / leitura / ressignificação
3) Leitura dos textos
Registro:
Conteúdos:
O conteúdo na educação física cultural é o principal elemento que distingue a proposta das demais.
Destaques:
- Temas versus conteúdos
- Por uma pedagogia antifascista
- A solidariedade como fundamento
- A importância da problematização dos marcadores da diferença
- Choque de representações, interconhecimento
- Pensamento pós-abissal
- Etnografia enquanto atividade didática de ampliação
- Historiografia e arquegenealogia enquanto aprofundamento
- Não há como prever quais conhecimentos serão abordados
- Conhecimento como acontecimento e não como representação
Conteúdo é uma construção social, é aquilo que está contido. A problematização é responsável por fazer com que pensemos o conteúdo. Assim como não sabemos o planejamento e o que os alunos vão falar, também não controlamos o conteúdo.
Atividade:
Leitura das imagens, a partir das imagens os estudantes escreveram perguntas sobre essas duas práticas que ninguém da turma conhecia. Depois assistiram os vídeos acima que apresentam as lutas brasileiras huka huka e marajoara. Recomendamos a leitura dos textos acima.
28/11 e 02/12 – Relatos de experiência de estágio
05 e 09/12 – Relatos de experiência de estágio