Marcos Garcia Neira – mgneira@usp.br
Pedro Xavier Russo Bonetto – psorpedro@yahoo.com.br
Jacqueline Cristina Jesus Martins – jacquelinemartins@uol.com.br
Objetivos
Distinguir as propostas curriculares existentes na contemporaneidade. Identificar o contexto de surgimento e as principais teorias que fundamentam a proposta curricular cultural da Educação Física. Compreender os princípios ético-políticos e as orientações didáticas da proposta curricular cultural. Planejar, executar, avaliar e registrar um projeto didático na Educação Básica em consonância com a proposta da escola.
Temas
– Características da sociedade contemporânea
– Teorização curricular da Educação Física
– Principais conceitos do pós-modernismo, pós-estruturalismo, multiculturalismo, estudos culturais e pós-colonialismo.
– A proposta curricular cultural ou pós-crítica da Educação Física
– Princípios ético-políticos da proposta curricular cultural da Educação Física
– Orientações didáticas da proposta curricular cultural da Educação Física
Atividades avaliativas
I. Produção de um relato da experiência de estágio escrito ou em vídeo
Orientações para o relato escrito – clique aqui
Apresentação em sala de aula, nos dias 28/11 ou 05/12, com o uso de imagens
Relação dos professores/as que recebem os estagiários/as – clique aqui
II. Análise de um dos relatos de experiência abaixo:
IRIAS, E. A. Huka-huka e derruba o toco: lutas indígenas nas aulas de Educação Física. In: NEIRA, M. G. (org.). Educação Física cultural: relatos de experiência. Jundiaí: Paco, 2018.
MASELLA, M. B. Samba, samba, samba o lelê. In: NEIRA, M. G. (org.). Educação Física cultural: relatos de experiência. Jundiaí: Paco, 2018.
OLIVEIRA JUNIOR, J. L. Tematizando o “troço” que gira rápido: o spinner nas aulas de Educação Física. In: NEIRA, M. G. (org.). Educação Física cultural: relatos de experiência. Jundiaí: Paco, 2018.
SANTOS, L. A. “A Pablo Vittar não é de Deus”: desconstruindo questões de identidade de gênero na dança pop. In: NEIRA, M. G. (org.). Educação Física cultural: relatos de experiência. Jundiaí: Paco, 2018.
SOUZA, L. R. S. Dominó: sorte, azar e estratégia. In: NEIRA, M. G. (org.). Educação Física cultural: relatos de experiência. Jundiaí: Paco, 2018.
Critérios para avaliação
Observaremos se a análise:
a) reconhece os campos teóricos que possam ter inspirado o/a professor/a autor/a do relato
b) identifica os princípios ético-políticos que influenciaram a definição do tema e a organização das situações didáticas
c) sinaliza os procedimentos adotados pelo/a professor/a ao longo da intervenção
d) descreve os conhecimentos (conteúdos) acessados pelas crianças ao longo da tematização
e) situa a problematização e a desconstrução
Evidentemente, tudo isso só é possível mediante o confronto do relato de experiência com a bibliografia do curso.
Cronograma
01/08 – Devolutiva dos relatórios de estágio, apresentação do curso, conceitos iniciais
Cada pessoa narrou sua experiência de estágio e, em seguida, recebeu a devolutiva do relatório por escrito, acompanhada de comentários dos professores Marcos e Pedro. Mereceram destaque a diversidade de situações vividas, os aspectos formativos da atividade e as questões problemáticas constatadas em algumas escolas.
O curso foi apresentado, incluindo a proposta de estágio. No final, iniciamos a discussão sobre a necessária coerência entre o sujeito que se pretende formar e a concepção de Educação Física a ser desenvolvida.
08/08 – A Educação Física e a formação de identidades dos sujeitos
NUNES, M. L. F.; RUBIO, K. O(s) currículo(s) da Educação Física e a constituição da identidade de seus sujeitos. Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, p.55-77, jul./dez., 2008. Clique aqui
Ouvimos o relato de estágio de 3 colegas. Em seguida, a turma foi convidada a analisar 6 planos de ensino, inferir os objetos trabalhados e as respectivas identidades projetadas. Importante ressaltar a conexão entre umas e outras, conforme a leitura sugerida.
15/08 – Caracterização da sociedade contemporânea
HICKS, R. S. Explicando o pós-modernismo: ceticismo e socialismo – de Rousseau a Foucault. São Paulo: Callis, 2011. Clique aqui
No Laboratório de Informática, a turma foi convidada a selecionar imagens que representassem a sociedade contemporânea. Na sala de aula, cada dupla, trio ou pessoa foi convidada a explicitar as razões das escolhas feitas. Em seguida, o Pedro apresentou uma série de imagens e teceu alguns comentários. Todos/as se envolveram na discussão a respeito do contexto pós-moderno e suas características. Foram apontadas algumas críticas a esse posicionamento, o que gerou argumentações em contrário.
22/08 – Semana da Educação – Mesa sobre Base Nacional Comum Curricular – Noite – Auditório da EA
NEIRA, M. G. Incoerências e inconsistências da BNCC de Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 40, n. 3, p. 215-223, 2018. Clique aqui
29/08 – Teorias pós-críticas e Educação Física I
NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Teorias pós-críticas: a discussão contemporânea e suas contribuições para a construção do currículo. In: Educação Física, currículo e cultura. São Paulo: Phorte, 2009. (p. 133-186) Clique aqui
O encontro começou com o convite para que a turma relatasse as experiências durante a Semana da Educação. Em seguida, descrevesse os primeiros contatos com as escolas em que estão estagiando. Em grupos, foram convidados/as a discutir os fragmentos do capítulo previamente distribuídos e desafiados a responder como os argumentos contidos poderiam inspirar a docência na Educação Física. Ou seja, como poderiam ajudar a pensar o objeto, pensar a atividade, pensar os conteúdos, pensar a avaliação, pensar a função social do componente etc. As respostas elaboradas pelos grupos foram apresentadas e discutidas.
12/09 – Análise de relatos de experiência
A turma descreveu as atividades de estágio realizadas até o presente momento. Na sequência, foram apresentados alguns argumentos pós-críticos, com especial atenção para a noção de cultura, linguagem e virada linguística. Jacqueline e Pedro apresentaram seus relatos de experiência, o que suscitou análises e discussões.
19/09 – Teorias pós-críticas e Educação Física II
NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F. Teorias pós-críticas: a discussão contemporânea e suas contribuições para a construção do currículo. In: Educação Física, currículo e cultura. São Paulo: Phorte, 2009. (p. 186-224) Clique aqui
O encontro teve início com o relato das atividades de estágio. Em seguida, realizou-se a leitura do registro do encontro anterior. Quatro relatos de experiência escritos foram disponibilizados para livre escolha. Cada estudante foi convidado a ler ao menos 2, identificar os aspectos metodológicos em comum e inferir os campos teóricos. Como a realização dessa atividade dependia de uma boa compreensão do texto, as respostas apresentadas deram a impressão de que os principais conceitos das teorias pós não haviam sido bem compreendidos. Após o encontro, os professores e a professora discutiram o assunto e decidiram modificar o plano da disciplina, acrescentando mais um encontro para discussão dos campos de inspiração por meio de um dos capítulos do livro de Tomaz Tadeu da Silva. Também foram encaminhadas 5 questões para orientar a leitura.
26/09 – Campos de inspiração da Educação Física cultural: pós-modernismo, pós-estruturalismo, pós-colonialismo e estudos culturais
SILVA, T. T. da. Teorias pós-críticas. In: Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2015.
A turma verbalizou as experiências de estágio. Retomamos o registro do encontro anterior e passamos às respostas elaboradas às questões encaminhadas para casa: explique a seguinte frase de Tomaz Tadeu da Silva: o pós-modernismo assinala o fim da pedagogia crítica e o começo da pedagogia pós-crítica; de que maneira a argumentação pós-estruturalista impacta a noção de prática corporal? Como o pós-colonialismo pode ajudar a pensar o currículo da Educação Física? Que espécie de contribuição os Estudos Culturais oferecem ao conceito de cultura corporal? Analise os possíveis efeitos do multiculturalismo crítico para a noção de conhecimento do currículo da Educação Física. Algumas pessoas elogiaram o formato da atividade, enfatizando sua contribuição para compreensão dos conceitos. Também disseram que a leitura sugerida foi mais tranquila que as anteriores.
03/10 – Princípios ético-políticos do currículo cultural da Educação Física
NEIRA, M. G. Definição dos temas e situações didáticas. Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
A turma partilhou as experiências de estágio na última semana. Fizemos a leitura do registro do encontro anterior. Os/As estudantes foram convidados/as a apresentar o(s) princípio(s) identificado(s) após a assistência ao vídeo “Desafio da garrafa na Educação Física escolar”, justificando sua(s) escolha(s). Os posicionamentos foram compilados e analisados coletivamente.
10/10 – Procedimentos didáticos do currículo cultural da Educação Física
NEIRA, M. G. Organização e desenvolvimento das atividades de ensino. Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
A turma relatou as experiências de estágio. Foi realizada a leitura do registro do encontro anterior. Retomou-se a discussão pós-estruturalista. Os estudantes, em grupos, analisaram as respostas à atividade dos colegas. Coletivamente identificamos as principais características dos procedimentos didáticos.
17/10 – Aula cancelada – Paralisação
24/10 – Análise de relatos de experiência
A turma relatou as experiências de estágio. Em seguida, retomamos a atividade do encontro anterior, visando à identificação dos procedimentos didáticos da Educação Física cultural. Conversamos a respeito do curso, da concepção e do envolvimento dos/as estudantes com a proposta. Marina e Nyna apresentaram os relatos de experiência. As professoras responderam perguntas acerca das situações narradas.
31/10 – Procedimentos didáticos do currículo cultural da Educação Física
MÜLLER, A.; NEIRA, M. G. Avaliação e registro no currículo cultural da Educação Física. Estudos em Avaliação Educacional (no prelo).
A turma relatou as experiências de estágio. Fizemos a leitura do encontro anterior. Discutimos parcialmente as atividades realizadas em casa (comparação das tematizações do tênis). Discussão dos conceitos de avaliação e, a partir do texto, discutir o conceito de avaliação no currículo cultural, com o destaque para a função do registro.
07/11 – Críticas ao currículo cultural (Participação do Prof. Luiz Dantas)
14/11 – Conteúdos da Educação Física cultural
NEIRA, M. G. Emergência dos conteúdos. In: Educação Física cultural: inspiração e prática pedagógica. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
O encontro iniciou com a avaliação da atividade realizada na semana anterior, quando o professor Dantas expôs sua visão sobre a Educação Física e o modo como compreende o currículo cultural. Os estudantes narraram suas experiências de estágio, identificando o procedimento didático que presenciaram na semana que passou. Tomaram conhecimento sobre os detalhes e critérios das atividades avaliativas e foram convidados a identificar os conhecimentos abordados na tematização do maracatu e dos cards. A atividade também ilustrou um relato de experiência de estágio em vídeo.
21/11 – Análise de relatos de experiência e apresentação de dúvidas sobre a perspectiva cultural da Educação Física
Após retomar alguns pontos da conversa com o professor Dantas, individualmente, xs estudantes analisaram um relato de experiência e problematizaram alguns pontos da proposta.
28/11 – Apresentação e discussão dos relatos de estágio
Os/As estudantes apresentaram seus relatos de estágio e submeteram-nos às análises dos/as colegas.
05/12 – Apresentação e discussão dos relatos de estágio
Os/As estudantes apresentaram seus relatos de estágio e submeteram-nos às análises dos/as colegas.