Escutar as crianças tem sido uma das principais defesas dos Estudos Sociais da Infância. A mudança paradigmática que afirma a infância como construção cultural, social e histórica e as crianças como atores sociais, sujeitos de direitos e produtoras de cultura impõe desafios para a escola e as práticas pedagógicas contemporâneas. Na Educação Física a perspectiva cultural é defendida como alternativa curricular a favor das diferenças. A partir de um recorte de uma pesquisa nos/dos/com os cotidianos, realizadaem uma escola municipal de Educação Infantil na cidade de São Paulo, evidenciamos estratégias e situações didáticas em quatro tematizações de práticas corporais onde a escuta das crianças está presente em vários momentos, os saberes infantis são enunciados e valorizados e os discursos problematizados, sempre na perspectiva da desconstrução, negociação, diálogo e constituição de redes de saberesfazeresvividas nos cotidianos.