o presente artigo tem por objetivo operar com o conceito “cultura do silêncio” proposto por Freire (1981) olhando para a prática do currículo cultural de Educação Física (NEIRA; NUNES, 2008; 2009), narrada por professores/as que assumem colocá-lo em ação. Para tanto, partimos das seguintes problemáticas: em que medida as tematizações de dança relatadas por docentes colaboram para rechaçar a “cultura do silêncio”? Tomamos como objeto de análise relatos de experiência que tematizassem a dança como prática corporal publicados em artigos e livros entre 2019-2022. Ao analisar os trabalhos, consideramos o currículo cultural como um forte aliado no enfrentamento à cultura do silêncio, visto que seus encadeamentos didáticos não partem de decisões unilaterais, mas buscam sempre algum tipo de relação com o contexto em que acontecem, levando em consideração as vozes de todos os atores sociais envolvidos com a escola, em especial, os/as discentes.

Palavras-chave: Currículo cultural; Cultura do silêncio; Educação Física escolar; Danças.

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